quinta-feira, 30 de julho de 2009

Que seja Lua

Não quero mais
Cantar canções sobre meu antigo amor
Que hoje prova
Ter sido pai de toda minha dor

Agindo errado, mantendo-me fechado
As que me queriam bem, mesmo sem nome eu sei quem
Com o nome de minha filha intitulo minha alegria
No raiar do dia, em minha cama, Izabella dormia

Já não me lembro do tempo
Dos meus sonhos guiados no vento
E erguia um palácio no nível do impossível
Com palavras bonitas tentava conquistar Maria
Que exala beleza nas ruas de Santa Tereza
Amanhã sem estrelas, contará todas suas perdas
Izabella, sorrindo, a ele faz um pedido

Peço-te que seja Lua

Olhar cansado. Lágrimas secas de José
Nas mãos, calos. Em seu coração, fé
Dimensão do ido, cigarros na boca de Quito
Que come amassado, o pão dos pés do Diabo

Naquela noite quente, Izabella teve o presente
E ele dizia palavras ditas a Maria
Não como um erro ou ato de desespero
José sorria e ao pedido ele atendia

Se queres, serei tua Lua

2 comentários:

Lara disse...

eu adoro quando você me explica o que escreve, sabia?

/indireta

Michelle Rodrigues disse...

Auto-explicativa. Gostei, bastante.