sábado, 26 de julho de 2008

No telhado de Cartola


Preciso me aquietar, preciso me conformar

Que não me importo com você

Insisto em tocar em pontos complicados

Preferia trocar todo o tempo com você

Pelas telhas do meu telhado


É tão diferente, chega a ser vulgar

Mas, estando em meu lugar

O que farias tu?


Sei que não ligo, mas me ligo em seu sorriso

Sei que não choro, mas me prendo em seus olhos

Sei que está errado, mas quem escreveu essas leis?


Onde já se viu juiz qualquer ajudar um bandido

Bandido pobre, pobre bandido banido

Dos seus sonhos, porque razão?


Nunca tocarei no seu coração

Nem mesmo sei se quero, não

Acho que quero, ou sei lá


Sonho em te ver dormir sem ter medo da minha presença

Sonho, pois sonhar é valido pra quem vive ou quer viver

Mas vejo em tudo isso que sou um desgraçado

Que faz as coisas sem estar errado, ou não


As vezes não consigo ver alguém bem

Então, passo a Deus a missão de fazer você falhar

E que seja meu por direito o brilho dessa estrela


Que brilhe no meu céu

Onde tudo é incerto

Mas quem gosta de casa de concreto?


Quem precisa de telhado?

Quem jogaria por água a baixo

Um lugar do seu lado?


Continuo a historia de Cartola...

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